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O MND AO REDOR DO MUNDO E NO BRASIL

O MND AO REDOR DO MUNDO E NO BRASIL

Volume 1– Número 9 Setembro de 2018 – Trenchless Technology (Benjamin Midea) USA

9º DESTAQUE NA INSTALAÇÃO DE REDES

INSTALAÇÃO DE TUBOS CAMISA COM O MÉTODO DE TUBO CRAVADO PNEUMATICAMENTE (PIPE RAMMING)

TUBO CRAVADO COM MARTELO PNEUMÁTICO

O “Tatuzinho” ficou famoso. Inicialmente chamado de “mole”, logo após sua introdução na SABESP, na Regional da Mooca, pelo Engº Joaquim Horninck Filho, para ligações domiciliares, essa peça, seu novo apelido e esse método ficaram bastante populares e famosos nesse tipo de serviço. Também é verdade que houve muitas falhas e histórias até hilárias, pois essa ferramenta não é direcional, e tenho uma coleção dessas histórias, onde a ferramenta apareceu depois de algum tempo nos lugares mais inesperados (na sala de uma casa, no guarda roupa de um quarto de outra casa, no meio da avenida e daí para fora).

Numa segunda etapa, algumas ferramentas maiores (o “tatuzinho” de ligação domiciliar normalmente é de 2” de diâmetro), foram se incorporando às atividades de MND desse método. Chegamos à maior ferramenta no mercado com 24” de diâmetro com a qual, eu mesmo e o engenheiro Fabio Moraes, cravamos tubos camisa metálicos sob rodovias, e principalmente ferrovias com diâmetros de mais de 2000 mm.

O boletim deste mês tenta ressuscitar essa opção, já que, como em outros casos acabamos deixando de lado uma opção de instalação por MND, fantástica. Digo isso principalmente pensando nas travessias sob ferrovias, onde o recalque na linha permanente por menor que seja se transforma num grande problema para o operador da ferrovia, pois tem que reduzir a velocidade das composições que passam pelo local onde ocorreu tal acidente.

Neste boletim, vamos reportar um caso recente no exterior onde a cravação dos tubos camisa (mais de um) se deu sob uma edificação. Trata-se da obra em Ottawwa, Ontário, Canadá onde havia necessidade de instalar linhas hidráulicas e elétricas em um edifício, para operação de elevadores, ligando a sala de operações a 12 m de distância, no fosso sem que os tubos ficassem expostos.

Por incrível que pareça, vários projetos foram apresentados e recusados. O HDD seria uma opção, mas não havia como fazer o set up da menor perfuratriz capaz de fazer a instalação, além do risco de iniciar e terminar na superfície num local com muita interferência.

A decisão do projetista então foi fazer a cravação de tubos metálicos de pequeno diâmetro (7” ou 180 mm). A cravação deveria passar entre diversos pilares de sustentação de uma rampa, com espaços entre elas de aproximadamente 600 mm, e que se encontravam a uns 6 m do ponto inicial da cravação. Foi levantada a informação possível que permitisse elaborar um projeto da cravação, sendo que parte dessa informação foi obtida das plantas da edificação de 1960. Apesar de muitos detalhes do projeto ainda ficavam muitas dúvidas, o prédio tombado também não poderia ser modificado, enfim o grupo sabia que poderia haver um sem número de obstáculos desconhecidos, além de que esse tipo de método também está sujeito ao calço hidráulico. Três tubos em diferentes profundidades numa formação triangular então foi o resultado do projeto.

Na primeira cravação (sabendo que não havia plano B ou C), o grupo o martelo depois de uns 6 m de avanço (normalmente essas ferramentas avançam 1,5 m a cada meia hora), baixou para 1” em quatro horas. Com segurança havia encontrado alguma interferência ou calço hidráulico. As variações na pressão do compressor (normalmente não se altera essa pressão), não adiantou. Para aliviar a pressão foi improvisada a partir de uma perfuratriz HILTI, uma escavadora com uma pequena rosca sem fim. Aliviada a pressão a ferramenta caminhou com a cravação mais 6 m. O adaptador que vai no tubo se quebrou várias vezes, sendo soldado e reforçada. Os últimos dois tubos também apresentaram a mesma dificuldade. Aí com um localizador de tubulação puderam ter certeza de haviam chegado ao ponto da instalação. A limpeza foi feita com essa rosca helicoidal na ponta de uma pequena perfuratriz, uma improvisação que funcionou.

As fotos que apresentamos mostram uma outra situação muito interessante sobre os trilhos da CPTM, e queremos encorajar os proprietários de redes subterrâneas a voltarem a explorar esse método de cravação de tubos camisa.

A Matéria contou com a colaboração de Andrew McPhedran que é Vice-Presidente de desenvolvimento de negócios da Marathon Drilling para a revista Trenchless Technology e do Engº Fabio Moraes da TUBO CRAVADO

Tradução e publicação feita pelo Engº Sergio A. Palazzo, com autorização do Diretor da Trenchless Technologies, Bernard (Bernie) Krzys,

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Estaremos levando o conhecimento dos MND a outros países que ainda não tiveram acesso aos mesmos. Estamos começando pelo Equador, onde uma enorme quantidade de tubulações de cimento amianto deve ser substituida.